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Sobre

história

A Associação São Francisco de Assis encontra-se atualmente na avenida General Mello, 3.370, bairro: Praeiro – Cep: 78.070-300 – Cuiabá – Mato Grosso, hoje devidamente inscrita sob o Cnpj:03.218.922/0001-68.

A Creche São Francisco de Assis foi fundada em 04 de novembro de 1974. A ideia de fundá-la surgiu de três casais tendo como fundadora e idealizadora da ideia a Sr.ª Zulmira Meirelles com apoio do seu esposo o Sr. Coronel José Meirelles e mais dois casais de amigos sendo eles professor Lídio in memoriam e sua esposa e Sr. Hélio Jacob in memoriam e sua esposa completa dizendo que acredita ser a única sobrevivente dos que iniciaram com ela, risos.

A vontade de fundar uma creche surgiu quando ainda morava em São Paulo e por meio de uma visita à mãe de um amigo querido que tomava conta de um internato somente para meninos que se chamava Casa São Francisco de Assis ela se encantou com o trabalho que lá desenvolviam e disse para a responsável que assim que tivesse uma oportunidade fundaria uma creche e colocaria seu nome de Creche São Francisco de Assis. 

Sr.ª Zulmira Meirelles mãe de 07 filhos, espírita kardecista, tendo como formação seu segundo grau completo e quando moça sua única experiência com criança foi um período de seis meses quando teve que substituir uma professora que dava aula para o 1º,2º e 3º ano de uma escolinha rural onde morava no Rio Grande do Sul.

Chega então a tão sonhada oportunidade para fundar a creche, quando saiu a aposentadoria de seu esposo, pois disse que somente fundaria uma creche quando o mesmo se aposentasse e se firmasse em qualquer cidade, pois não queria dar início a um trabalho que não pudesse dar continuidade.

Quando vieram do Rio de Janeiro para Cuiabá foram morar em uma casa alugada na Praça da Boa Morte aguardando a construção da Vila Militar que estava sendo construída para os militares da época. Enfim seu esposo se aposenta a Vila fica pronta, e se mudam. Sr.ª Zulmira era procurada com frequência pelas senhoras da redondeza e as mesmas perguntavam a ela se tinha alguma influência para montar um espaço para atender crianças de mães trabalhadoras. Pois tinham naquela época como opção somente um internato Monteiro Lobato com atendimento somente para meninas (não se recorda se havia uma ala para meninos). Ela disse a essas mães que havia um desejo em montar uma creche, e as mesmas a questionavam, pois não sabiam o que era uma creche, e curiosas queriam saber como iria funcionar, e Sr.ª Zulmira explicava a elas com detalhes e muito carinho.

Na época constataram a ausência e a necessidade de uma entidade que abrigasse as crianças das mães trabalhadoras de Cuiabá. Recebendo apoio da sociedade por meio de promoções para angariar fundos e dar início a instituição, contando com ajudas de voluntários nasce a creche pioneira em Cuiabá-MT. Entidade de caráter filantrópico e beneficente com a finalidade de proporcionar assistência às mães de baixa renda que necessitam trabalhar fora do lar.

Logo após a mudança para a Vila, como a casa da Praça da Boa Morte tinha sido alugada por eles para morar, ao sair iniciou- se o trabalho de adaptação do espaço. As atividades da creche tiveram início em 15 de janeiro de 1975. A princípio a ideia era atender a vinte crianças, porém devido à demanda ela iniciou com cinquenta crianças de 0 a 6 anos. 

Depois de um período, saíram desse prédio devido ao aumento do número de crianças e também por não possuírem espaço para ampliar, passando o atendimento de cinquenta, para cento e cinquenta. Passou a situar-se na Rua Pedro Celestino onde existia um casarão e o mesmo foi alugado, pois o espaço comportava o número de crianças. Lá deu continuidade ao trabalho por algum tempo até ganharem um terreno doado pelo estado localizado no bairro Bandeirante ao lado da extinta LBA – Legião da Boa Vontade, onde construíram a creche modelo pioneira em Mato Grosso, afirma ela. 

A partir daí deram início a um longo trabalho que segundo ela foi realizado com muito amor e muita dedicação. Completa dizendo que ia à creche incansavelmente todos os dias. 

Além do atendimento às crianças realizava o projeto contra – turno onde as crianças que saiam da creche com seis anos tinham a oportunidade de ficar um período na creche com as professoras do apoio escolar. Ressaltou que as mães que não podiam vir buscar suas crianças para levá-las à escola, que eles faziam esse trabalho, arrumavam as crianças e as levavam até sua escola. Destaca ainda que o comprometimento dos profissionais era uma coisa inexplicável, tudo feito com muita dedicação e principalmente muito amor. 

Receberam de doações da Lions Club, berços, mesas e cadeiras e as pessoas que lá trabalhavam se predispuseram ajudar na creche como voluntárias, sendo apenas duas professoras cedidas pelo munícipio (Lizi e Adir Ribeiro) para ajudar com as crianças, duas funcionárias remuneradas, a cozinheira e a lavadeira e suas filhas que também foram cedidas pelo município uma nutricionista e outra assistente social. 

Pediu que eu anotasse que o que falaria era de muita importância, risos. Disse que sua creche recebia visita do Brasil inteiro e que tinha um livro de registro onde todos que por ali passavam pudessem deixar- lhes uma mensagem, e acrescentou ainda que tiveram o privilégio de receber a ilustre visita do cantor Roberto Carlos, que conhecia uma senhora que morava na cidade de Cuiabá e esta disse que ele precisava vir conhecer essa creche que era maravilhosa. E assim o fez, esteve na creche, que segundo a Sr.ª Zulmira foi lindo um dia mágico. Complementou dizendo que ele ao sair, deu um beijo em todas as suas funcionárias e claro nela também, risos, disse que é uma pessoa de uma energia incrível. 

Toda despesa era mantida por meio de campanhas, tais como, rifas, promoções, bazar, forros de cama confeccionados por ela para vender e angariar fundos, uma das ações que remetia maior lucro para a instituição era a revenda de fichas telefônicas. 

Toda parte burocrática era de responsabilidade de um contador da época (não quis citar o nome), pois um belo dia recebeu uma carta dizendo que os boletos para pagamento das fichas que pegavam para revender estavam em atraso gerando uma dívida de 600.000,00, fruto de um desvio feito pelo funcionário, após esse ocorrido quem passa a tomar conta das finanças é ela seu esposo.

Ficou muito preocupada sem saber a princípio o que fazer, mas deu continuidade com os trabalhos e fazendo com mais empenho as campanhas para arrecadar fundos para quitar a dívida com a telefônica TELEMAT. Disse que pagou tudo, complementou que foi muito difícil e foram dias de trabalhos árduos. Ressaltou que a dívida não foi motivo para se afastar da creche, contribuiu. Porém seu estado de saúde não mais permitiu que continuasse, ficando cada dia mais indisposta, decide então passar a creche edificação situada no bairro Bandeirante, para 1º Dama Sr.ª Telma de Oliveira e com o agravamento de seu estado de saúde não mais acompanhou o andamento dos trabalhos da creche, com o passar do tempo sua direção fora passada de um para outro até fechar.

Logo em seguida após deixar a creche ganha um terreno (local atual) doado pelo Presidente da Federação Espírita de Mato Grosso Sr. Tenente Aristotelino Alves Praeiro, onde lá o reformou e passou a atender 150 crianças, mas devido ao estado que se encontrava sua saúde passou o prédio para o Sr. Márcio Monteiro, Presidente da Obra Social Wantuil de Freitas. O espaço ficou fechado por um período, quando recebeu em sua instituição a visita da Sr.ª Célia Marilena Calvo Galindo, e em uma conversa com o Sr. Márcio mencionou sua vontade em montar um espaço para atender jovens e adultos.  Logo ele diz que tem o prédio no bairro Praeiro onde está localizada a creche porém estava desativada devido aos motivos acima citados e que cederia o espaço desde de que a mesma desse continuidade ao trabalho que já havia sendo desenvolvido por Dona Zulmira de atendimento às crianças, jovens e adultos se possível, pois realizou uma pesquisa no bairro e suas adjacências e percebeu a necessidade de uma instituição de apoio a essas famílias.

A Creche São Francisco de Assis foi declarada de utilidade Pública Municipal em 03/04/1975 por meio da Lei 1399/75, de Utilidade Pública Estadual em 06/05/1975 por meio da Lei 3620/75 e de Utilidade Pública Federal em 06/11/1986 por meio do Decreto 93.539/86.

Após 29 anos de relevantes trabalhos prestados à comunidade cuiabana tendo como dirigente fundadora a Sr. Zulmira Gonçalves Meirelles (não obtivemos fotos do período, devido a um incêndio e em consequência a perda de toda parte documental da creche), passa sua direção em 08/08/2003 para a professora Célia Marilena Calvo Galindo que tinha como ideia principal atender jovens e adultos, no entanto como já era denominada creche assumiu o desafio dando continuidade no trabalho já desenvolvido anteriormente, porém após um ano de atividade a creche passa a denominar Associação São Francisco de Assis, pois sendo somente creche estaria limitada em atender crianças, e associação possibilita que a instituição atendesse jovens, crianças, adultos e idosos, permitindo que conseguissem por meio de projetos recursos financeiros, assim além de levar o conforto, educação e assistência à comunidade e poder realizar o que almejava.  

Realizaram uma assembleia geral extraordinária para a eleição da nova direção. Em seguida foram definidos na assembleia os nomes das pessoas que iriam fazer parte da sua direção e seus respectivos cargos, ficando a mesma assim constituída: Presidente – Celia Marilena Calvo Galindo; Vice Presidente – Norma Sueli Calvo Galindo; 1º Secretário – Rosa Maria Persona; 2º Secretário – Vera Lúcia Molina Muller; 1º Tesoureiro – Júlio César Modesto; 2º Tesoureiro – Rui Fava; Conselho Fiscal – Conselheiros titulares – Márcio Monteiro; Alex Sandro Sarmento Ferreira e João Martins Ozores; Conselheiros Suplentes – Antenor de Figueiredo Neto, Orlando Eustáquio Alves Ferreira Júnior e Lazara José Fontes da Silva.

Em Outubro do mesmo ano, após o cadastramento das crianças do bairro Praeiro, Praeirinho e Belinha um grupo de professores da UNIC foram convidados a assumir junto a presidente a elaboração do Projeto de Criação e Implantação da creche por meio de um estudo criterioso da clientela, dos recursos humanos e do espaço físico existente. Nesse período registra-se a participação efetiva de voluntário nas áreas jurídica e contábil, que prepararam toda a documentação para sua reabertura e assinatura de convênios com a Prosol e a UNIC.

Quando a nova diretoria assumiu a creche em 2003, havia um ano e meio que a mesma havia sido desativada, portanto nessa época todo o quadro funcional da creche foi renovado e as contratações de novos professores, auxiliares, serviços gerais, foram feitos pelo departamento de pessoal da UNIC, por meio de um processo seletivo com a participação da secretaria da creche Sr. Rosa Maria Persona. Uma vez esse quadro constituído, as contratações que eventualmente ocorressem seriam realizadas pela coordenadora da creche Sr. Maria Inez Branco Ayala, por meio de seleção de currículos e entrevista pessoal.

Após 08 anos de trabalho juntamente com a comunidade esse grupo de pessoas que desenvolveram diversas atividades para inclusão da família na creche, com o intuito de fortalecer os vínculos e mostrar a importância do trabalho, a Sr. Celia Marilena Calvo Galindo passa a direção para a Sr.ª Lazara José Fontes da Silva, viúva, formada em psicologia, para dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos junto à comunidade. Após a troca de presidência encerram – se os projetos em virtude da vigência.

A atual direção fez um convênio com a Secretaria Municipal de Educação cedendo seu espaço sem ônus, passando associação ser uma sala anexa à outra creche denominada Creche Municipal Josefa Catarina de Almeida, ficando a Creche São Francisco de Assis (nome fantasia) interligada a essa outra instituição municipal, pois era a única forma da secretaria assumir financeiramente sem que a instituição precisasse passar a documentação para a secretaria. Ficando a secretaria responsável pela folha de pagamento e alimentação das crianças, e quanto à instituição encarregada pela energia e manutenção do prédio. Ficou o ano todo de 2010 funcionando sob a direção da Presidente da Associação tendo como representante legal a Sr.ª Adalgiza de Almeida diretora da creche do qual era anexa.

No ano seguinte a Sr.ª Lazara presidente da instituição solicita à secretaria uma diretoria que pudesse estar presente na instituição, pois como desenvolvia trabalhos sociais com a comunidade, atividade estas de responsabilidade da Associação não se dispunha de tempo para atender as necessidades da creche. Em seguida a secretaria encaminha uma servidora efetiva, Sr.ª Elizabeth Mikuni, pedagoga, professora da rede há 26 anos. Esta desenvolveu um trabalho de muita qualidade dando apoio aos trabalhos da Associação de envolvimento das famílias permitindo o acompanhamento de todo o processo de desenvolvimento da criança. Sua prestação de serviço durou apenas um ano, pois foi enviada somente para dar um suporte nesse período de transição entre uma presidência e outra. Outro motivo que favoreceu sua saída foi a oportunidade de voltar para a escola que trabalhava, sendo esta mais próxima de sua casa.

Em 2012, mais um ano de luta, com pouca ajuda da secretaria, pois não enviaram outra diretora, e o recurso que a sala anexa passava mal dava para compra de materiais didáticos e de limpeza ao qual era destinado conforme determinação da secretaria.  A presidente da Associação disse que não iria permitir que a secretaria mandasse qualquer pessoa, pois sabia que o trabalho ali era muito difícil, precisava de dedicação, porém de muito amor. Sendo assim a creche passou a estar sob sua responsabilidade mais este ano, contando com ajuda da sua nora e de uma amiga da faculdade, ficando estas responsáveis pela parte burocrática no qual ela não tinha muito experiência. 

No ano de 2013 para iniciar a Sr.ª Lazara leva à secretaria uma sugestão para assumir a direção da creche e também assumir a conta de energia, pois a instituição devido a pouco recurso não estava mais conseguindo cumprir com esse compromisso. Esta por sua vez foi acatada, pois seu convênio só seria renovado se a diretora fosse escolhida por ela e a conta de energia fosse paga por eles. A secretaria então diz que aceitaria, mas a mesma deveria ter sua documentação registrada, logo sua diretora como representante legal. Assim sendo, assume a direção a Sr.ª Danubia Rodrigues Barão da Costa Rondon, pedagoga efetiva da secretaria municipal de educação, professora à 13 anos na rede, para dar continuidade aos trabalhos. Ficou por seis meses assumindo duas funções: a de direção e a de coordenação, somente após esse período enviaram uma coordenadora Sr.ª Edith Pinto de França, pedagoga, efetiva da secretaria municipal de educação.

Nesse mesmo ano a creche deixa de ser anexa, e passa a ser denominada por Creche Municipal São Francisco de Assis. O período de duração dessa direção foi de dois anos, pois ao final de 2014 a mesma foi diagnosticada com câncer de mama, a impossibilitando de continuar devido ao longo período para o tratamento, afastando – se do cargo.

De acordo com as normas e diretrizes da secretaria, caso ocorra o afastamento da diretora automaticamente a coordenadora passa a responsabilizar- se pelas duas funções e ganhar uma gratificação por mais este cargo. No ano seguinte, em 2015 a Sr.ª Edith Pinto de França, assumiu a creche e dando continuidade às atividades, porém com muita dificuldade, devido à falta de experiência com assuntos burocráticos. Mesmo diante de tamanha dificuldade, com muito esforço e boa vontade desenvolveu um ótimo trabalho. Ficando neste espaço até 2017, devido a um pedido da Presidente Lazara, para a secretaria Municipal de Educação, para cobrar um aluguel pelo espaço que foi cedido por muitos anos sem ônus, pois dessa forma poderia manter as despesas, uma vez que a instituição se mantém com doações. Esse pedido então foi recusado, pedindo a Presidente que procurassem outro espaço. A Creche Municipal São Francisco de Assis funcionou neste espaço até 2017. No ano seguinte, a Associação em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, dá início às atividades da Residência Inclusiva, prestando o serviço de acolhimento para pessoas com deficiência “Residência Inclusiva” que é um serviço de abrigamento provisório institucional para PCD´S – pessoas com deficiência de 18 a 59 anos que se encontra com seus vínculos familiares rompidos em situação de dependência, que não disponham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar e estavam em situação de rua ou residiam em abrigos de longa permanência.          

A Residência Inclusiva tem o propósito de romper com a prática do isolamento, de mudança do paradigma de estruturação de serviços de acolhimento para pessoas com deficiência em áreas afastadas ou que não favoreçam o convívio comunitário. 

Esta parceria se encerrou no final do ano de 2020, onde a Residência Inclusiva passa a ser gestada por outra equipe.

Atualmente estamos com O Projeto “Construindo um mundo melhor” que tem como objetivo o apoio às famílias dos bairros Praeiro, Praeirinho e adjacências, que se encontram em situação de vulnerabilidade, desenvolvendo ações no âmbito, psicológico, social cultural, educacional e espiritual, sendo eles de apoio pedagógico às crianças no contra turno escolar de segunda a sexta – feira (50 crianças – 25 matutino e 25 vespertino) , distribuição de alimentos para as famílias (70 famílias cadastradas e atendidas de forma sistematizada e atendidas todos os sábados) dos bairros acima citados, palestras socioeducativas para adultos, evangelização de crianças e jovens (40 crianças e 20 jovens) voltados para a vivência do Evangelho de Jesus).

Mesmo com poucos parceiros, percebemos o empenho dos nossos voluntários em manter as atividades ativas, uma vez que nossa instituição é um ponto de apoio para diminuição da vulnerabilidade dessas famílias.

missão

Prestar assistência às famílias dos bairros Praeiro, Praeirinho e adjacências em situação de vulnerabilidade, por meio de atividades socioeducativas de evangelização, assistência social, psicológica, educacional e espiritual bem como distribuição de alimentos e roupas de forma amenizar seu sofrimento.

visão

Garantir às famílias um espaço educativo, físico, psicológico, e de promoção social capaz de proporcionar à população o direito à cidadania.

valores

Organização da fila para retirada de doações

Ética

Dia das crianças com diversão

sensibilidade

Doação de cestas básicas e verduras

amor ao próximo